Retrato de um Membro do Grupo de Trabalho: Shawna Rebello

Sobre Shawna Nemesia Rebello

Shawna Nemesia Rebello é um membro dedicado dos grupos de trabalho da Plataforma de Ação Laudato Si’, representando tanto as instituições educacionais quanto as dioceses. Radicada na Índia, Shawna traz uma década de experiência em ministério ecológico, começando em nível paroquial e estendendo-se a compromissos nacionais e internacionais. O envolvimento de Shawna exemplifica o espírito global e colaborativo dos membros do grupo de trabalho dedicados ao crescimento da plataforma.

 

Você poderia falar sobre sua formação e como começou a se envolver com a Plataforma de Ação Laudato Si’?

Colaborei com o Bispo Allwyn D’Silva no ministério ecológico por uma década, começando em nível paroquial e avançando para os âmbitos nacional e internacional. Tenho duas pós-graduações em Ciências Ambientais e Saúde, Segurança e Meio Ambiente, o que levou o bispo Allwyn a me designar para adaptar as Metas Laudato Si’ aos nossos contextos locais em abril de 2021. Meu envolvimento se aprofundou quando o Padre Sávio Silveira SDB me convidou para representar a Aliança Verde Dom Bosco no setor das Escolas, ampliando minha contribuição para incluir instituições educacionais e dioceses.

Como você vê sua função na plataforma e quais aspectos são mais significativos para você?

Minha função é de grande responsabilidade, especialmente como um dos poucos participantes de uma sociedade plural e multiconfessional do Sul Global. Trago nossos desafios exclusivos para as discussões, que são cruciais para a missão mais ampla da plataforma. Por exemplo, na Índia, o governo dita nossas opções de investimento, limitando nossa abordagem à economia ecológica. Além disso, as barreiras linguísticas e digitais tornam desafiadora a dedicação de pessoal competente para compromissos on-line com a plataforma.

Como a Plataforma de Ação Laudato Si’ evoluiu desde que você começou?

Desde meu envolvimento, a plataforma adotou uma abordagem mais centralizada, embora a participação nos grupos de trabalho possa variar. Mudamos para uma operação sinodal, adaptando ferramentas como tornar a autoavaliação opcional devido a desafios na verificação de dados. Essa adaptabilidade, influenciada significativamente por vozes do Sul Global, foi uma mudança notável, evoluindo a meta de Engajamento da Comunidade para Resiliência e Capacitação da Comunidade.

Qual foi a experiência mais inspiradora ou gratificante para você nessa plataforma?

O diálogo contínuo com os participantes globais, desde o Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral até os membros de base, continua a ser profundamente enriquecedor. Participamos das reuniões em momentos difíceis – durante o trajeto para o trabalho, à noite, bem cedo pela manhã, e assim por diante – mas a maioria de nós consegue!  Como esse compromisso e dedicação de todos que participam ativamente da plataforma podem deixar de ser inspiradores?  Esse compromisso coletivo sustenta minha motivação e entusiasmo por nossa missão. 

Olhando para o futuro, o que o entusiasma em relação à direção futura da plataforma?

Estou entusiasmado com o foco da plataforma na promoção de uma comunidade. A mudança no sentido de incentivar a interação, o compartilhamento e o aprendizado mútuo entre os participantes promete um impacto mais substancial na obtenção da conversão ecológica para enfrentar a crise planetária. Embora os dados sejam essenciais, é provável que o senso de comunidade e o compromisso compartilhado sejam nossa influência mais significativa.

Por ter formação científica, não diminuo nem subestimo a necessidade de números e dados, a necessidade de autenticar reduções reais de emissões e assim por diante.  No entanto, como disse certa vez um colega de minha diocese: “Os números podem gritar, mas não fazem sentir”.   Acredito que a sensação de promover e construir a comunidade ecológica será o impacto mais significativo da PALS, e será emocionante ver isso se desenvolver. Espero apoiar mais participantes do Sul Global em sua jornada – como mencionei anteriormente, nossos contextos são bem diferentes.

Como você equilibra suas funções nas instituições educacionais e nas dioceses, e como essas perspectivas se complementam?

Equilibrar essas funções tem sido um desafio este ano, especialmente com as diferenças de fuso horário. Embora eu tenha perdido algumas reuniões do grupo de trabalho no setor educacional devido à programação, a equipe garante que nos mantenhamos atualizados. Meu envolvimento é mais consistente com o Grupo de Trabalho de Paróquias e Dioceses, onde sinto que contribuo de forma mais eficaz. Embora as necessidades das escolas e dioceses sejam diferentes, o envolvimento com ambos os grupos enriquece minha capacidade de promover as metas da plataforma em diferentes comunidades.

 

Entrevista levemente editada para maior clareza e extensão.